Sharon Stone on the lesbian scene in Basic Instinct 2
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pequeno orgulho em moçambique

Last Updated: July 31, 2003

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Antonio Augusto Vilaverde

Julho 2003: Depois de algumas tentativas de buscar informações sobre a existência de um movimento gay em Moçambique, muitos e-mails, poucas respostas e muito silêncio, resolvemos pegar a estrada para Maputo e tentar entender como a homossexualidade é vista naquele pais. Foram sete horas de estrada entre duas realidades completamente opostas: a modernidade que diferencia a Africa do Sul de seus vizinhos e a realidade africana do Moçambique.

O nosso principal contato em Maputo era a fotografa dinamarquesa Ditte Haarlov-Johnsen que esta mostrando seu ultimo trabalho na Associação Moçambicana de Fotografia (AMF). "Manas" fica em exibição entre 18 de julho e 2 de agosto e é a primeira vez que a homossexualidade é tema de uma manifestação artistica no Moçambique. Também é a primeira vez que este tema é abordado pela imprensa local. Precisavamos ver de perto a reação do publico, da imprensa e principalmente a repercussão deste trabalho na vida deste grupo de jovens que teve a coragem de mostrar sua cara, seu nome e sua identidade sexual, contrariando as normas da sociedade moçambicana.

A mostra é visitada diariamente por centenas de pessoas. Tivemos a oportunidade de ver a reação do publico atravéz do livro de visitas, nele encontramos declarações de admiração e apoio ao trabalho e algumas reações contrarias.

A reação da imprensa foi de grande importância. O jornal Zambeze dedicou uma pagina inteira no caderno cultural. Reproduziu algumas fotos e entrevistas com a fotografa e com um de seus modelos. Isso nos leva a crer que a imprensa esta disposta a cumprir o seu papel, mesmo que com uma boa dose de sensacionalismo, mostrando o gay como sendo sempre afeminado e procurando identifica-lo com o padrão heterossexual: o feminino e o masculino onde so os opostos se atraem. Mesmo assim, acreditamos que é melhor mostrar de uma maneira preconceituosa e errada, do que não mostrar nada.

Para debatermos sobre a repercussão deste trabalho na vida dos modelos, achamos que a melhor maneira seria uma pequena reunião descontraida em uma « barraca » onde sentamos ao ar livre para trocar idéias. Cada um deles falou o que esperava do futuro, contaram sobre as suas vidas e as suas dificuldades. Relataram maus tratos da policia e alguns deles denunciaram o fato de terem sido presos sem nenhum motivo concreto. Todos desejam respeito e apoio para continuarem vivendo suas vidas com dignidade.

Mas onde estão, o que fazem, como se encontram os « outros » gays de Maputo? Se a lei local não condena a homossexualidade, porque a completa inexistência de bares gays, boites e "cruising areas"? Porque numa cidade com mais de um milhão de habitantes não existe um grupo de apoio aos homossexuais? Na nossa conversa informal com as pessoas envolvidas na mostra fotografica coletamos alguns dados interessantes que podem apontar alguma possivel resposta para nossas perguntas :

Numa sociedade onde os maiores problemas são alimentação, educação e saneamento, parece que sexualidade ainda não é a pauta do dia. A não identificação com o molde ocidental de abordagem e exposição da sexualidade e a busca do respeito da sociedade atravéz deste tipo de exposição parece ser um grande obstaculo.

Outro dado importante é o tabu em relação ao tema homossexualidade. Não é socialmente aceito que se fale neste assunto, mas é sabido que relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo acontecem com naturalidade. O maior problema parece ser a abordagem do assunto. Sabemos que temos que respeitar as regras sociais de cada lugar. Mas não seria o momento de se colocar em duvida a proteção destas regras ? Principalmente em um pais pobre do continente africano, onde a epidemia da AIDS esta matando milhares de pessoas por dia ? Onde a unica forma de se lutar contra este problema é a prevenção e educação de maneira clara e simples?

Desta maneira a homossexualide não é aceita, mas é praticada. Mascarada e escondida no que alguns moçambicanos dizem « aqui, todos somos meio bissexuais ». Seria realmente bissexualidade ? Sera que esta bissexualidade não tem origem na prostituição ? Num pais pobre com tantos problemas socias a prostituição é uma alternativa de sobrevivência, não importando o sexo, ou a orientação sexual de quem a pratique.

Depois de três dias voltamos para a Africa do Sul com mais perguntas e menos respostas. Mas concluimos que a homossexualidade esta presente no Moçambique como em qualquer lugar do mundo. A maneiro como ela é vista é que faz a diferença. Vimos pessoas sofrendo pela impossibilidade de expressarem sua sexualidade em total liberdade. Vimos pessoas dispostas em ajudar umas as outras. Vimos pessoas tentando reprimir uma manifestação artistica, tratando uma exposição fotografica de « câncer da sociedade » por tratar do mundo gay de maneira elegante e poetica.

Nos, do www.mask.org.za agradecemos aos jovens que serviram de modelo na exposição, pelo tempo que nos dedicaram e pela confiança e atitude nos seus relatos. A Ditte Haarlov-Johnsen pelo belo trabalho e principalmente pelo primeiro grande passo que a sua mostra fotografica representa para as « manas » de Maputo.

 

 

 

« Tolerar a existência do outro, e permitir que ele seja diferente ainda é muito pouco. Quando se tolera apenas se concede, e essa não é uma relação de igualdade, mas de superioridade de um sobre o outro. Deveriamos criar uma relação entre as pessoas da qual estivessem excluidas a tolerância e a intolerância »

 

 


 



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