No Zimbabwe o dirigente da oposição Morgan Tsvangirai
disse ter concordado em princípio em participar num governo de unidade nacional
com o presidente Robert Mugabe.Tsvangirai disse ao jornal sul africano Star que
um governo de coligação pode ser formado desde que certas questões sejam
resolvidas.
Na segunda-feira dirigentes da Comunidade de Desenvolvimento da
África Austral, SADEC aprovaram um calendário para a formação de um governo de unidade
no Zimbabwe.Após a cimeira contudo o principal partido da oposição, o Movimento
para Mudança Democrática, MDC, tinha afirmado que muitas das suas exigências
não tinham sido cumpridas, incluindo a libertação de militantes do partido.Apesar
das declarações de Tsvangirai uma declaração do partido hoje emitida afirma que
qualquer decisão sobre a participação no governo só será tomada numa reunião na
sexta-feira do seu conselho nacional.
Caso o governo seja formado Tsvangirai
será primeiro-ministro e o seu governo terá que compartilhar a pasta da administração
interna que controla a polícia. Mugabe continuará como chefe de estado e continuará
a controlar o exercito e os serviços secretos.
Quem não concorda com a permanência na presidência de
Robert Mugabe são os bispos católicos da África Austral. Os bispos católicos
disseram que os dirigentes da região deveriam cortar imediatamente as suas
relações com Mugabe caso contrário serão cúmplices daquilo que disseram o genocídio passivo que está a ser cometido no Zimbabwe.
Numa
declaração os bispos disseram que a presidência de Robert Mugabe é ilegítima e
pediram para que este se demita imediatamente. A declaração disse ser claro que
a mediação da SADEC falhou pelo que os dirigentes devem deixar de dar
credibilidade a um regime que dizem ser ilegítimo.Caso contrário, afirma a
declaração, os dirigentes da SADEC aceitam ser cúmplices em criar as condições
que resultaram na fome, doença, morte e fuga dos zimbabueanos. Isso disseram é
nada mais nada menos que genocídio passivo.