Nº
390
SET
/ OUT - 2005
Ficha
Técnica
Aguarelas
do Comandante Sousa Machado
SUMÁRIO
Ponto
ao Meio Dia
Reflectindo...
Cidadania
A"Corte-Real"
na Força de Reacção Rápida da Nato
Exercício
NEOTAPON 05
Cerimónia
de Juramento de Bandeira e de Imposição de Boinas
Cerimónia
de Inauguração do Novo Sistema de Projecção Astronómico
Uma
Nova Etapa. Uma Outra Porta para o Universo
Viagens
de Instrução
Homenagem
ao Comandante Raúl de Sousa Machado
A
Marinha de D. João III (5)
Jaime
do Inso
Novo
Vice-Presidente da Academia de Marinha
A
AORN Comemora dez anos de Existência
Setting
Sail
Ao
correr da pena...
Notícias
Convívios
Histórias
da Botica (42)
Trafalgar
200
Notícias
Pessoais
Património
Cultural
Tabela
de Preços das Assinaturas
|
Património
Cultural da Marinha
Faróis
de Portugal |
O
Plano Geral de Alumiamento e Balizagem considerava a edificação de
um farol de 4ª ordem na Ponta Delgada – Ilha das Flores.
A
Comissão de 1902, que foi encarregada de adaptar o farol às novas
tecnologias não compartilhava desta opinião, propondo antes, que
fosse instalado um aparelho de 1ª ordem, na Ponta do Albarnaz. Não
foi no entanto uma decisão pacifica, como pode ser comprovado pela
Acta n.º 2 da referida Comissão: Foi
tal a importância que mereceu à comissão a iluminação daquele
grupo (Flores e Corvo)que chegou a estudar com a mais desvellada
atenção e a discutir, o conjuncto das vantagens que poderiam advir
à navegação instalando na mesma Ponta do Albarnaz um apparelho
hyperradiante(...).
Como
a despesa era muito maior e a diferença
dos alcances andava à volta de 3 a 5 milhas, a comissão
acabou por concordar com a instalação de um aparelho de 1ª ordem
conforme inicialmente era proposto. |
Local: |
Extremo
Oeste da Ilha da Madeira |
Altura: |
14
m |
Altitude: |
312
m |
Luz: |
Fl
(3) W 20 s |
Alcance: |
26
M |
Óptica: |
Aparelho
lenticular de 2ª ordem |
Ano: |
1922 |
|
Em
1922 para a implantação do farol, foi feito um contrato
amigável de expropriação de 5525 m2 de terreno,
com João Lourenço, pela quantia de 3.500$00.
O
farol do Albarnaz entrou em funcionamento em 28 de Janeiro de 1925.
Foi equipado com um aparelho lenticular, não de 1ª ordem como o
previsto, mas de 3ª ordem, grande modelo (500 mm distância focal),
sendo a fonte luminosa um candeeiro a petróleo de nível
constante.
A
rotação da óptica era produzida pela máquina de relojoaria,
atingindo a luz um alcance de 28 milhas, conforme atesta o Aviso aos
Navegantes n.º 21 de 24 de Dezembro de 1924: |
A
partir de 28 de Janeiro de 1925, começará a funcionar o farol
situado na ponta do Albarnaz, na costa norte da Ilha das Flores.
O edifício consta de uma
torre circular de alvenaria, branca (...) mede 9,5 metros de altura,
desde o terreno até à aresta superior da cornija. Sôbre ela se
elevam a murette cilíndrica metálica, e a lanterna, ambas pintadas
de vermelho, ficando o plano focal da luz, 12,5 metros acima do
solo.(...) É visível de 35º a 258º, pelo sul, excepto ao norte
do Corvo onde é interceptado por esta ilha, num sector de 10º, de
204º a 214º, (...) dando relâmpagos brancos equidistantes(...)
efectuando uma rotação completa em 15 segundos.
O
candeeiro de nível constante foi substituído pela incandescência
pelo vapor de petróleo em 1938. |
Em
20 de Janeiro de 1944 um avião militar despenhou-se no mar muito
perto do farol.
Foi
electrificado através de grupos electrogéneos em 1956, passando a
fonte luminosa a ser uma lâmpada de 3000 W.
Em
1959 foi instalado um
telefone no farol.
Para
a ampliação das instalações do farol, foram comprados em 1968 ao
padre João de Deus, 200 m2 de terreno pela quantia de
1000$00. |
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A
potência da fonte luminosa foi reduzida em 1983 com a instalação
de uma lâmpada de 1000W 120V.
Actualmente
está automatizado com o sistema modelo DF e é o único farol que
ainda não está ligado à rede eléctrica de distribuição
pública.
Direcção
de Faróis
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